Nem te conto...

 Gosto muito de Genealogia, sou apaixonada por árvore genealógica,  gosto de aproximar dos meus antepassados e para aproximar é só conhecendo o passado, o nosso passado, e o passado dos antepassados.
Hoje emocionei, vendo o programa Estrela da Angélica. Foi uma surpresa para mim que vejo programas de TV à tarde raramente, não tenho tempo e não gosto muito. 
No programa Estrela, a Angélica apresentou a árvore genealógica do Miguel  Falabella, foi engraçado e emocionante. O Miguel todos conhecem pela sua inteligência,  sagacidade e bom humor. Imaginem o Miguel conhecendo histórias de seus antepassados. Teve até história de assassinato, uma parente não muito distante. Sua bisavó tinha o marido como seu próprio cafetão, não entendi muito bem, ele matou a esposa e a irmã desta em frente à sua casa aos olhos dos filhos.
 Uma história que ele já conhecia embora não soubesse a motivação, a mulher cansou de sustentar o marido. Riu muito do marido e da esposa já naquele tempo e seu parente, um prato cheio para seu lado escritor...
O programa foi nas dependências do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Foi engraçado, quando descobriu parentesco com Malu Mader, embora ele e Débora Falabella tenham o mesmo sobrenome, só com a pesquisa do programa, constataram o parentesco. Ambas são suas primas de 10º grau.
Malu fez discurso, se dizendo feliz com o parentesco, atribuindo este fato, serem muito amigos. Disse que é a amizade que nos escolhe, filosofando...
Miguel ficou muito feliz ao saber que Arthur Azevedo, o idealizador do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, era seu primo de 6º grau. Foi o que mais gostou, constatando muita veia artística hereditária. Descobriu outros antepassados ligados ao mundo das artes.
Achei bacana.
Porque gostei deste quadro do programa?
Gostei muito porque tenho muito orgulho dos meus antepassados dos quais tenho remotas notícias...
Sempre gostei de ouvir histórias, e meu pai as contava muito bem, foi um grande contador de "causos". Sei muitos, e recentemente descobri ter sangue azul em minha linhagem, além do Castelo dos Paivas em Portugal, origem do meu avô paterno. kkkkkkkkkkkk
Rir para descontrair, depois deste papo muito sério.
Meu passado de sinhazinha não me deixa mentir.
Sozinha...

Tudo o que a Vida Quer da Gente é Coragem

Quando nascemos somos um caderno com páginas em branco, o que será escrito nelas é responsabilidade nossa. Nós vamos preencher estas páginas.
Somos responsáveis pela nossa história e cada um é responsável pelo futuro que irá galgar.
 O que seremos no futuro é o que fazemos no dia a dia a partir das primeiras decisões que tomamos.
 De nada adianta deixar para o amanhã o que deve ser feito hoje. Dito assim parece muito simples, mas não pense que é pois a tendência é a procrastinação, o famoso deixa a vida me levar aí a vida leva para onde você não quer ir vem um redemoinho te envolve perdemos o controle da situação, nos perdemos  no vendaval da vida.
Quantas vezes temos que tomar decisões difíceis. Existem decisões  que podem virar nossa a vida ao avesso, mas devem ser tomadas. Sabemos que nestes momentos quase sempre estamos sós. Nosso futuro sempre será pautado pelas decisões anteriores que certamente influenciam as próximas. 
O futuro é construído por nossas decisões difíceis, diárias, incertas, inconstantes, mutáveis e que cada uma destas decisões, irão anteceder outras, influenciando todas as outras. Pedro Bial disse que na vida temos 50% de chance de dar certo e 50% de dar errado, pensando assim fica muito fácil decidir, não é verdade? Prefiro pensar mais positivamente.
Muitas vezes atribuímos nosso destino ao carma, às predestinações. Será que isto existe? Eu acredito nas decisões, nas atitudes que devem ser tomadas com cautela, porém com firmeza, um pouco de sensibilidade, força e fé.
Seja firme, a vida exige coragem, força na peruca, pise firme, vá à luta.

A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." Guimarães Rosa

 

Você conhece outros trabalhadores que possuem maior astral que estes?

Sempre quando passo por eles , brinco com eles, dou bom dia , acredita que tem gente que reclama da alegria e brincadeiras deles.

 Trabalham cantando, brincando, rindo , fazendo piadas, abordando quem passa. Chega ser emocionante vê-los trabalhando.

De Onde Vem o Termo Pelego

O termo pelego 
O termo PELEGOquinta-feira, 6 de maio de 2010

PELEGO E SEU SIGNIFICADO

 foi popularizado durante o governo de Getúlio Vargas, nos anos 1930. Imitando a Carta Del Lavoro, do fascista italiano Benito Mussolini, Vargas decretou a Lei de Sindicalização em 1931, submetendo os estatutos dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Pelego era então o líder sindical de confiança do governo que garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Décadas depois, o termo voltou à tona com a ditadura militar. Pelego passou a ser o dirigente sindical apoiado pelos militares, sendo o representante máximo do chamado sindicalismo marrom. A palavra, que antigamente designava a pele ou o pano que amaciava o contato entre o cavaleiro e a sela, virou sinônimo de traidor dos trabalhadores e aliado do governo e dos patrões. Logo, quando se chamado de pelego, significava que a pessoa era subserviente/servil/dominada por outra, ou seja, capacho, puxa-saco, bajulador.

Mas como se pode definir esse trabalhador que se acovarda, que aceita tudo o que o patrão e o governo querem, sem questionar? Pelego é trabalhador que se deixa montar pelo patrão e/ou pelo governo; é o que não consegue reagir frente à humilhação; é quem não luta por seus direitos, por medo das conseqüências; é o pusilânime que se esconde atrás de desculpas esfarrapadas para justificar a própria covardia; o que não tem coragem de lutar, o(a) COVARDE, enfim, o que se esconde atrás daqueles que lutam, aproveitando da peleja alheia como um parasita. Pelego é aquele trabalhador que não sabe o significado da palavra solidariedade, o egoísta que não consegue ver nada além de suas próprias e momentâneas necessidades; é aquele(a) que, terminada a greve, não consegue olhar nos olhos de seus companheiros, porque se sente uma sub-pessoa, uma não-gente, pois lhe falta uma parte essencial a todo ser humano que se preze: o brio, a coragem, o amor próprio, a nobreza de caráter, enfim.

PELEGO, PELEGUISMO e CAPACHO

PELEGO , você já ouviu essa palavra e sabe o que ela significa?

Pelego é um termo que significa "capacho", mas também significando o trabalhador que atua contra os interesses de seus colegas de trabalho. É usado de várias maneiras e devido a essa diversidade, deixamos abaixo o trabalho do eminente professor Heitor Scalambrini Costa da Universidade Federal de Pernambuco, para reflexão. Pensemos no NEO PELEGO, ou o novo pelego ou novo peleguismo. “... Mas como se pode definir esse trabalhador que se acovarda, que aceita tudo o que o patrão e o governo querem, sem questionar?” “Pelego é aquele trabalhador que não sabe o significado da palavra solidariedade, o egoísta que não consegue ver nada além de suas próprias e momentâneas necessidades ;... não consegue olhar nos olhos de seus companheiros, porque se sente uma sub-pessoa, uma não-gente, pois lhe falta uma parte essencial a todo ser humano que se preze: o brio, a coragem, o amor próprio, a nobreza de caráter, enfim.”

VIDA QUE SEGUE

Hoje é domingo , pé de cachimbo, amanhã é segunda.....
Ufa que preguiça, mas amanhã  é dia de voltar ao trabalho depois de um mês de greve. Por um lado que bom voltar porque somos viciados no chão da escola. Saudades daquele barulho todo dos alunos , e aí tia, tá boa? voltou á!á!á!!!!!!
 Que bom num tava aguentando mais arrumar casa.....
aula é ruim mais é bom......
Oi tia voltou?
Porque voltou ? devia ter continuado a greve, que chato...
Num vem dá aula no sábado que eu não venho, se correr com a matéria eu vou chiar....
Que saudade, pior que isto soa como música aos nossos ouvidos, gostamos destes "moleques" nossa vida é em função deles.
Estamos sempre disposto ao recomeço e prontos a tudo novamente.
 Espero companheirada que estejamos disposto à luta se convocados à batalha novamente, é também para esta frente que devemos estar sempre preparados e dispostos, porque lutar é para sempre."Quem luta conquista". Se abaixarmos a cabeça vem o desgoverno e monta em cima.
É pra isto que existe o pelego....
(Sabe o que realmente é um pelego? Pelego é aquele tapete macio colocado na sela do animal para ser montado em cima, para amaciar a montaria......)
Se a greve foi vitoriosa? Claro que foi, lutamos, mesmo que muitos não acreditaram e não perfilaram ao nosso lado, inclusive dificultando a vitória, o que conquistamos e o que perdemos foi para todos, mesmo para  aqueles que não perfilaram, lado a lado no campo de combate, desfalcando o front da batalha deixando os guerreiros em número insuficientes, estamos juntos nesta outra frente.
 Vamos seguir em frente, vamos juntos lado a lado......

BOTAAGUANOFEIJAO: ELEIÇÕES PARA DIRETORES DE ESCOLAS MUNICIPAIS EM...

BOTAAGUANOFEIJAO: ELEIÇÕES PARA DIRETORES DE ESCOLAS MUNICIPAIS EM...: De que os gestores tem medo ?   Por que este decreto de lei do silêncio, em relação ao processo eleitoral nas Escolas Municipais em Betim?...

Doentinha

Hoje estou doentinha, muita tontura e falta de apetite, o que enjere, coloquei tudo para fora. Ando muito displicente com minha saúde, Glicose lá no alto, a pressão arterial também deve estar como sempre, muito alta.
A idade cronológica mesmo que não esteja de acordo com a mental, existe uma cobrança e a conta é muito alta. 
Sou diabética e hipertensa.
Mesmo me sentindo péssima estou aqui assistindo o Jornal nacional, acabei de ouvir e achei curiosa a seguinte frase: Jabuti em árvore é enchente ou tem mão de gente, que pena perdi o contexto. 
Mas certamente aí tem mesmo é mão de gente...

A MOÇA DO TEMPO

Esta me chamou a atenção.Que charme! que vocabulário. Não é atoa que esta moça do tempo está chamando atenção. Até parece que ela conquistou mais tempo, para falar do tempo.Linda uma mulata de parar o trânsito. Seu nome é Maju.
Na novela das nove que terminou a personagem Marta colocava lá no chão, a nora que tinha sido a moça do tempo e de forma bem pejorativa, era desclassificada e humilhada.
 Pura ficção porque muitas moças do tempo ganham destaque e se transformam em apresentadoras de grande projeção.
Mas esta Maju, além de esbanjar charme, pucha vida! está usando um vocabulário quase coloquial, É descontraída, além de ter corrigido o Bonner.
Bonner perguntou se o tempo estaria bom ela o corrigiu dizendo que o tempo estaria firme.
Bacana, bacana esta moça que informa o tempo no Jornal Nacional, a moça do tempo.
Não é novata , já tem larga experiência como apresentadora, em jornal local de S.Paulo, e outra mídias e programas.
É a primeira negra nesta função no horário chamado nobre. 
Seu nome é Maria Júlia Coutinho.

Seção de Tortura

Segunda feira, manhã no super mercado, tomei um susto com o preço da cebola, da abobrinha, Tudo subiu, os preços estão tão altos num patamar nunca visto. 
Que os deuses nos protejam.
Estamos enfrentado o julgamento de Osíris antes do tempo. Pera aí estou misturando as estações. Vendo a novela, Os dez Mandamentos. Osíris a deusa inclusive da vegetação.
 Perdão Senhor Deus. Deus único, criador de todas as coisas, nos proteja da carestia. Amém.

To com Sono

Hoje , agora eu sei que vou colocar a cabeça no meu travesseiro e não vai passar nenhum filme de categoria nenhuma.
Amanhã vou acordar 7 horas no máximo.
tudo o que eu queria era uma taça de vinho, tá fazendo um frio e seria uma acasalamento perfeito, acho que vou me dar este luxo,acho não, eu vou me dar este luxo.
beijinhos beijinhos, missão cumprida hoje , conferência, cansativa. só a abertura.
Fui porque ninguém é de ferro.

Sensibilidade da Artista Tarsila do Amaral. OPERÁRIOS

Tarsila do Amaral, uma brasileira participou do movimento modernista de 1922. Brilhante, teve suas andanças e experiências por vários países, passando por URSS tendo contato com o comunismo.  Pintou este quadro retratando um momento, É o retrato do nascimento dos operários das fábricas paulistas

 Operários na década de 30, retratando com singeleza muita coisa, operários saindo de uma fábrica , sugerindo, opressão, tristeza, imigrantes. Observem que possuem fisionomias diferentes,mas com caras cansadas muito parecidas. Retrata um momento de cansaço, operários saindo do trabalho, porta de Fábrica com chaminés ao fundo. Muito real.

Perder o Sono, Contar Carneirinhos

Sabe aquele dia que você tem uma chateação, e quando chega a noite é só deitar a cabeça no travesseiro que começa passar um filme na sua mente, um filme onde você é o diretor, o roteirista, e principalmente o protagonista.
 Este filme trágico, comédia os tais humor negro, de mal gosto que lhe atinge como um soco no estômago, ou então aquele filme horroroso de terror que suga seu sono para um túnel e não devolve.
Você conta carneirinho, e de nada adianta.
Você sabe contar carneirinho?
Não adianta contar um, dois, três, quatro cinco.
Tem de contar visualizando assim: Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos, quatro carneirinhos, cinco carneirinhos.......
De preferencia pra valer mesmo , conta imaginando os carneirinhos pulando uma cerca, dando um salto. Assim se o insone, concentrar pode ser que o sono chegue.
Uai! o meu chegando..... num é que é verdade.

Perder o Sono, Contar Carneirinhos

Sabe aquele dia que você tem uma chateação, e quando chega a noite é só deitar a cabeça no travesseiro que começa passar um filme na sua mente, um filme onde você é o diretor, o roteirista, e principalmente o protagonista.
 Este filme trágico, comédia os tais humor negro, de mal gosto que lhe atinge como um soco no estômago, ou então aquele filme horroroso de terror que suga seu sono para um túnel e não devolve.
Você conta carneirinho, e de nada adianta.
Você sabe contar carneirinho?
Não adianta contar um, dois, três, quatro cinco.
Tem de contar visualizando assim: Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos, quatro carneirinhos, cinco carneirinhos.......
De preferencia pra valer mesmo , conta imaginando os carneirinhos pulando uma cerca, dando um salto. Assim se o insone, concentrar pode ser que o sono chegue.
Uai! o meu chegando..... num é que é verdade.

Mais uma Data Comemorativa, ou Não Seria uma Data Altamente Comercial

Comercial ou não, o dia das mães é a data mais emocionante que existe no calendário.
É um dia especial para homenagear as mamães, e os filhos neste dia se sentem na obrigação de desdobrar em carinho , afeto, se reunindo em torno da mãe literalmente muitas vezes em torno da mesa em belos e apetitosos almoços, preparados por elas.
Dias das mães, um dia de lojas cheias, mas mesmo assim emocionante, porque as mães merecem ser presenteadas, merecem estar com seus filhos, merecem todo amor que há nesta vida.
 Eu já não tenho a minha, ela já cumpriu sua missão por aqui. Está na Gloria esperando Jesus voltar para subir com ele para o Céu.
Curta muito bem a sua enquanto a tem....

Estou emocionadíssima, vendo as reportagens sobre o dia das mães...
Sentindo uma enorme saudades da minha.

NÃO PODEMOS DEIXAR O TEMPO APAGAR DE NOSSAS MEMÓRIAS

   Em Minas os professores também passaram por muitos momentos que ficaram marcados na história dos educadores da rede pública, principalmente a estadual. 

 Um fato histórico dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais, jatos de água, recepção oferecida pelo governador biônico, além de forasteiro nas Minas Gerais. Ele era do Piauí. Foi assim que os professores foram recebidos na praça dita da Liberdade.
Este ato só revigorou a categoria, fazendo-a criar a UTE. Até então o que existia era uma organização pelega, a APPMG.Associação de Professoras Primária de Minas Gerais.
esta associação negociava com o governo , mas não estava do lado dos trabalhadores.
Ainda hoje existe com um patrimônio bem considerável.

Reportagem do Estado de Minas na época. Este fato, os professores sendo recebidos a jatos de água jamais foi esquecido, todos os envolvidos como secretários de segurança, comandante dos bombeiros, Secretário de Educação; este alguns sabem o nome, mas o Governador biônico, forasteiro, ninguém esquece o seu nome, pois nós os professores não o fazemos ser esquecido.
Seu nome: FRANCELINO PEREIRA.

 Postado em 02/05/2015 06:00 / atualizado em 02/05/2015 13:52

Marcelo da Fonseca

Após sucessivas tentativas de negociação com o governo mineiro serem frustradas trabalhadores foram para a praça protestar e pedir reajuste digno.                    

                       
 Há 36 anos, professores se reuniram em protesto na Praça da Liberdade

Educadores foram expulsos pela polícia e atingidos por jatos d'água, bombas e gás  lacrimogênio.

  Episódios de violência entre autoridades e professores no Brasil, como o que ocorreu esta semana em Curitiba, deixam claro que a valorização dos profissionais da educação nunca saíram das promessas de campanha de governantes. Há mais de três décadas, em maio de 1979, professores primários e secundários mineiros – a maioria mulheres – foram expulsos da Praça da Liberdade e atingidos por jatos d’água, bombas e gás lacrimogêneo durante manifestação por aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho nas escolas públicas. A atuação truculenta da polícia contra os professores, no dia 29 de maio, em um dos pontos símbolos do estado de Minas Gerais, gerou grande desgaste político para o então governador de Minas, Francelino Pereira.

“Mais da metade dos professores mineiros eram contratados, num sistema precário. Lutávamos contra isso. O comando de greve tentava fazer a negociação, mas fomos recebidos com água. Estava muito frio, lembro das professoras de capote”, disse, em entrevista ao EM, Luiz Fernando Carceroni, professor e sindicalista que morreu no fim do ano passado. Após vários anos de repressão do regime militar, os trabalhadores voltavam a ser organizar em todo o país para conquistar melhorias.
Mas a ditadura ainda demonstrava sua intransigência ao lidar com os manifestantes.

Às 9h da manhã de 29 de maio de 1979, mais de 4 mil professoras se concentraram na Praça da Liberdade, com cartazes e faixas pedindo um “reajuste digno” ao governador Francelino Pereira. Trinta minutos depois, cerca de 200 policiais – oficiais do DOPS, Metropol e da Polícia Militar – ordenaram que o grupo se dispersasse imediatamente Episódios de violência entre autoridades e professores no Brasil, como o que ocorreu esta semana em Curitiba, deixam claro que a valorização dos profissionais da educação nunca saíram das promessas de campanha de governantes. Há mais de três décadas, em maio de 1979, professores primários e secundários mineiros – a maioria mulheres – foram expulsos da Praça da Liberdade e atingidos por jatos d’água, bombas e gás lacrimogêneo durante manifestação por aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho nas escolas públicas. A atuação truculenta da polícia contra os professores, no dia 29 de maio, em um dos pontos símbolos do estado de Minas Gerais, gerou grande desgaste político para o então governador de Minas, Francelino Pereira.

“Mais da metade dos professores mineiros eram contratados, num sistema precário. Lutávamos contra isso. O comando de greve tentava fazer a negociação, mas fomos recebidos com água. Estava muito frio, lembro das professoras de capote”, disse, em entrevista ao EM, Luiz Fernando Carceroni, professor e sindicalista que morreu no fim do ano passado. Após vários anos de repressão do regime militar, os trabalhadores voltavam a ser organizar em todo o país para conquistar melhorias. Mas a ditadura ainda demonstrava sua intransigência ao lidar com os manifestantes.

Se passaram mais 30 minutos e o cenário se tornou caótico, com bombas e jatos d’água disparados contra as professoras. Muitas tentaram se abrigar nas portas dos prédios em torno da praça, alguns sindicalistas foram presos.

O excesso da força policial ficou claro para o governo de Minas, que tentou se isentar da responsabilidade e afirmou não ter convocado a polícia para a praça. “O fato de hoje representou algo inesperado, não desejado, lamentável”, avaliou o então secretário da Educação, Paulino Cícero. Já o secretário da Administração do Estado, José Machado Sobrinho, afirmou que a situação saiu do controle. “Não é batendo e espancando que se acaba com uma greve. Não partiu do governador essa determinação. A polícia política, que age dentro de uma legislação própria, às vezes comete realmente certos descuidos em sua ação” admitiu, à época, o secretário.

SOLIDARIEDADE O episódio despertou a solidariedade de outros grupos trabalhadores, que se posicionaram contra a ação policial. Professores universitários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decretaram greve de três dias em apoio aos colegas da educação fundamental. O movimento da capital mineira chamou a atenção dos grevistas paulistas e recebeu o apoio de outros sindicatos. “A luta de vocês é de todos os trabalhadores brasileiros”, discursou o então líder metalúrgico Luiz Inácio da Silva.

“No período, no final da década de 1970, já havia alguma movimentação de entidades em busca da defesa de direitos. Apesar de ainda enfrentar repressão, a situação ia mudando e as manifestações acontecendo”, lembra Washington Mello, então presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Ele conta que a forte presença feminina em movimentos de rua não eram comuns naquela época e que o DOPS ainda funcionava como forma de inibir as manifestações. “O DOPS cumpria ordens para acabar com os movimentos. Os policiais iam lá e davam cacete em todo mundo. No caso da greve das professoras, o movimento foi importantíssimo por chamar a atenção e conseguir apoio de todos os movimentos sindicais”, diz Mello.

Se passaram mais 30 minutos e o cenário se tornou caótico, com bombas e jatos d’água disparados contra as professoras. Muitas tentaram se abrigar nas portas dos prédios em torno da praça, alguns sindicalistas foram presos.

O excesso da força policial ficou claro para o governo de Minas, que tentou se isentar da responsabilidade e afirmou não ter convocado a polícia para a praça. “O fato de hoje representou algo inesperado, não desejado, lamentável”, avaliou o então secretário da Educação, Paulino Cícero. Já o secretário da Administração do Estado, José Machado Sobrinho, afirmou que a situação saiu do controle. “Não é batendo e espancando que se acaba com uma greve. Não partiu do governador essa determinação. A polícia política, que age dentro de uma legislação própria, às vezes comete realmente certos descuidos em sua ação” admitiu, à época, o secretário.

SOLIDARIEDADE O episódio despertou a solidariedade de outros grupos trabalhadores, que se posicionaram contra a ação policial. Professores universitários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decretaram greve de três dias em apoio aos colegas da educação fundamental. O movimento da capital mineira chamou a atenção dos grevistas paulistas e recebeu o apoio de outros sindicatos. “A luta de vocês é de todos os trabalhadores brasileiros”, discursou o então líder metalúrgico Luiz Inácio da Silva.

“No período, no final da década de 1970, já havia alguma movimentação de entidades em busca da defesa de direitos. Apesar de ainda enfrentar repressão, a situação ia mudando e as manifestações acontecendo”, lembra Washington Mello, então presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Ele conta que a forte presença feminina em movimentos de rua não eram comuns naquela época e que o DOPS ainda funcionava como forma de inibir as manifestações. “O DOPS cumpria ordens para acabar com os movimentos. Os policiais iam lá e davam cacete em todo mundo. No caso da greve das professoras, o movimento foi importantíssimo por chamar a atenção e conseguir apoio de todos os movimentos sindicais”, diz Mello.


Luta já focava em melhoria salarial

Desde o início de maio, os professores mineiros decidiram em assembleia reivindicar aumentos salariais para equiparar os vencimentos com o que era pago em outros estados, reduzir o número de alunos por salas de aulas e o pagamento de multas em caso de demissões sem justa causa. A primeira assembleia ocorreu na sede da União Municipal dos Estudantes Secundários, que funcionava na Rua dos Guajajaras, 890, no Centro da capital. Os professores decidiram montar um plantão para receber e tirar dúvidas sobre direitos dos colegas.

Em 3 de maio, cerca de 50 professores foram até o Palácio da Liberdade entregar um documento com as reivindicações ao governador. Francelino Pereira, no entanto, não estava e os professores foram recebidos pelo secretário adjunto do governo. A posição inicial do governo de Minas era de que em10 dias seria feita uma proposta aos professores, mas, passado o prazo, não houve retorno. No dia 17 teve início a greve na capital mineira, com 85% das escolas paralisadas. Em outras 40 cidades mineiras, como Juiz de Fora, Contagem, Poços de Caldas, Uberlândia e Divinópolis, os professores também se organizaram e cruzaram os braços.

FARPAS POLÍTICAS Enquanto nas escolas o número de profissionais que aderiam à greve aumentava a cada dia, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) as reivindicações geravam duro embate entre os partidos políticos. Parlamentares do MDB e da Arena trocavam acusações no plenário. Em 23 de maio, o então secretário da Fazenda, Márcio Garcia Vilela afirmou que o Estado não teria condições de dar o aumento pedido, ressaltando que as contas dos cofres públicos mineiros estavam “no vermelho”. A cada dia, novas cidades aderiam à greve, e o movimento ocorria em 200 municípios.

No final do mês, o governo apresentou uma proposta de reajuste, mas não deu detalhes de como seria implementado. A proposta irritou os professores, que convocaram para o dia 29, uma manifestação na Praça da Liberdade com objetivo de chamar atenção da sociedade para a dificuldade enfrentada nas salas de aulas. “Por considerar humilhante e desrespeitoso o aumento anunciado ontem pelo governador, vamos nos reunir e cobrar atenção às nossas demandas”, dizia manifesto dos professores. (MF)

Linha do tempo
1979
Se passaram mais 30 minutos e o cenário se tornou caótico, com bombas e jatos d’água disparados contra as professoras. Muitas tentaram se abrigar nas portas dos prédios em torno da praça, alguns sindicalistas foram presos.

O excesso da força policial ficou claro para o governo de Minas, que tentou se isentar da responsabilidade e afirmou não ter convocado a polícia para a praça. “O fato de hoje representou algo inesperado, não desejado, lamentável”, avaliou o então secretário da Educação, Paulino Cícero. Já o secretário da Administração do Estado, José Machado Sobrinho, afirmou que a situação saiu do controle. “Não é batendo e espancando que se acaba com uma greve. Não partiu do governador essa determinação. A polícia política, que age dentro de uma legislação própria, às vezes comete realmente certos descuidos em sua ação” admitiu, à época, o secretário.

SOLIDARIEDADE O episódio despertou a solidariedade de outros grupos trabalhadores, que se posicionaram contra a ação policial. Professores universitários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decretaram greve de três dias em apoio aos colegas da educação fundamental. O movimento da capital mineira chamou a atenção dos grevistas paulistas e recebeu o apoio de outros sindicatos. “A luta de vocês é de todos os trabalhadores brasileiros”, discursou o então líder metalúrgico Luiz Inácio da Silva.

“No período, no final da década de 1970, já havia alguma movimentação de entidades em busca da defesa de direitos. Apesar de ainda enfrentar repressão, a situação ia mudando e as manifestações acontecendo”, lembra Washington Mello, então presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Ele conta que a forte presença feminina em movimentos de rua não eram comuns naquela época e que o DOPS ainda funcionava como forma de inibir as manifestações. “O DOPS cumpria ordens para acabar com os movimentos. Os policiais iam lá e davam cacete em todo mundo. No caso da greve das professoras, o movimento foi importantíssimo por chamar a atenção e conseguir apoio de todos os movimentos sindicais”, diz Mello.


Luta já focava em melhoria salarial

Desde o início de maio, os professores mineiros decidiram em assembleia reivindicar aumentos salariais para equiparar os vencimentos com o que era pago em outros estados, reduzir o número de alunos por salas de aulas e o pagamento de multas em caso de demissões sem justa causa. A primeira assembleia ocorreu na sede da União Municipal dos Estudantes Secundários, que funcionava na Rua dos Guajajaras, 890, no Centro da capital. Os professores decidiram montar um plantão para receber e tirar dúvidas sobre direitos dos colegas.

Em 3 de maio, cerca de 50 professores foram até o Palácio da Liberdade entregar um documento com as reivindicações ao governador. Francelino Pereira, no entanto, não estava e os professores foram recebidos pelo secretário adjunto do governo. A posição inicial do governo de Minas era de que em10 dias seria feita uma proposta aos professores, mas, passado o prazo, não houve retorno. No dia 17 teve início a greve na capital mineira, com 85% das escolas paralisadas. Em outras 40 cidades mineiras, como Juiz de Fora, Contagem, Poços de Caldas, Uberlândia e Divinópolis, os professores também se organizaram e cruzaram os braços.

FARPAS POLÍTICAS Enquanto nas escolas o número de profissionais que aderiam à greve aumentava a cada dia, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) as reivindicações geravam duro embate entre os partidos políticos. Parlamentares do MDB e da Arena trocavam acusações no plenário. Em 23 de maio, o então secretário da Fazenda, Márcio Garcia Vilela afirmou que o Estado não teria condições de dar o aumento pedido, ressaltando que as contas dos cofres públicos mineiros estavam “no vermelho”. A cada dia, novas cidades aderiam à greve, e o movimento ocorria em 200 municípios.

No final do mês, o governo apresentou uma proposta de reajuste, mas não deu detalhes de como seria implementado. A proposta irritou os professores, que convocaram para o dia 29, uma manifestação na Praça da Liberdade com objetivo de chamar atenção da sociedade para a dificuldade enfrentada nas salas de aulas. “Por considerar humilhante e desrespeitoso o aumento anunciado ontem pelo governador, vamos nos reunir e cobrar atenção às nossas demandas”, dizia manifesto dos professores. (MF)

                

PANELA VAZIA NUNCA MAIS

Muito bonito protestar, um direito legítimo e democrático.
 O que não é legítimo é um protesto de rancorosos de perdedores.
Perderam nas urnas e não deixam quem foi eleito governar.
Panelaço, modalidade  e protesto pouco conhecida por aqui. Mas  chega ser sintomático, protesto de rico, só em bairro de classe média alta se ouve as panelas baterem.
Isto tem haver com a direita raivosa, derrotada. Por mim acho que fariam muito mais justiça, encher estas panelas de comida e distribuir para moradores de rua, canalizar esta raiva para algo mais grandioso. Panela vazia não enche barriga...
O governo petista colocou comida na panela de muita gente que não tinha o que comer.

Fiquem certos que no final a verdade sairá vencedora.